Janinne Jasem obteve medida protetiva contra o ex-marido, e publicou vídeos de brigas e xingamentos em suas redes sociais.
Janinne Jasem, ex-mulher do perito Ricardo Molina, usou as redes sociais na noite desta sexta-feira para desmentir o ex-companheiro. Molina havia alegado, horas antes, que as ameaças que fez contra Janinne tinham sido motivadas por ódio decorrente de um suposto caso extraconjugal dela. Ela nega que tenha traído e sustenta que o motivo da briga foi a religião que professa.
— Tenho muita coisa para falar ainda, para rebater. Eu tenho como provar que as coisas que o meu ex está falando não são verdade. A nossa briga não foi por traição, foi por causa da minha religião. Ele começou a me ofender por causa da minha religião. Mas isso eu vou fazer amanhã ou depois, com orientação das minhas advogadas — disse Janinne, no Instagram.
O caso ganhou repercussão após Janinne ter denunciado publicamente as ameaças feitas por Molina, por meio de áudios e vídeos registrados desde 2021. As primeiras imagens foram publicadas em sua conta no Instagram há 11 dias. Após o caso ganhar repercussão, nesta quinta (20), ela revelou novos áudios de ameaça.
Na publicação desta quinta, são reproduzidos dois áudios:
“Morra, Janinne, morra”, diz Molina, no primeiro áudio.
No seguinte, o perito continua: “É a única coisa que o mundo merece. Que você desapareça dele. Da minha vida, você vai desaparecer, mas o mundo ganhará muito sem a tua presença. Isso é certo”.
Nos primeiros vídeos, há cenas de Molina proferindo ofensas contra ela, de salas e móveis quebrados e de ameaças de estrangulamento contra o cachorro do casal. Em uma das cenas, Molina urina em cima da bíblia de Jannine.
Molina confirmou ao GLOBO a veracidade dos áudios e vídeos publicados por Janinne nas redes sociais, registrados desde 2021. O casal está separado desde outubro do ano passado, quando ela denunciou o caso na Polícia Civil de São Paulo.
O perito, no entanto, diz que nunca houve ameaças à integridade física da mulher e que nunca encostou “um dedo nela”.
— Nesse vídeo não há nenhuma ameaça à integridade física. Você encontra “desejo que ela morra”, porque eu estava desejando mesmo — disse Molina, que acrescentou que todos os cortes de vídeos se tratam do mesmo episódio, no dia 11 de março. — Eu estava trancado em casa, só queria que ela fosse embora. Se ela diz que aquilo era uma ameaça, por que ela não foi embora? Se ela já estava do lado de fora. Permaneceu no local de suposta ameaça só para me filmar. Quem está ameaçado corre, vai embora.
Molina também disse que Janinne mantinha um caso extraconjugal, o que ela nega.
— Ela me fez alugar um novo apartamento caro, comprar passagem para Paris e continuava me traindo. Qual pessoa continuaria calma? Eu falava para ela “vai embora, eu quero que você morra sua f…”. Falei mesmo. Estava me traindo descaradamente, me fazendo de palhaço — afirmou Molina. — Eu perdi mesmo o controle. Espécie de surto, estava com ódio mortal dela, mas não encostei a mão nela. Tanto que fechei a porta da sala até para me proteger, porque ela já tinha me atacado no carro. Eu nunca encostei o dedo nela.
Em determinado momento, porém, Molina disse que iria “matar” Jannine.
— Devo ter dito no sentido figurado. Como eu ia matar ela? Está pinçando coisas. Eu estava tomado por ódio. Se quisesse matá-la eu ia abrir a porta e ir atrás dela. Queria que ela fosse embora.
Professor da Unicamp e perito em fonética forense, Molina, de 71 anos, é um dos profissionais mais famosos do país em seu ramo, tendo participado de casos célebres como as investigações do assassinato de PC Farias e do massacre de Eldorado dos Carajás.
*Com O Globo