Agora, uma decisão de Ricardo Lewandowski coloca ordem na bagunça e abre caminho para o depoimento de Tacla Duran
Desde a Lava Jato, o Tribunal Regional Federal da 4a Região mostrou uma incrível capacidade de articular-se politicamente, de maneira a monitorar a distribuição de ações e de recursos envolvendo a Lava Jato.
O caso Tacla Duran é o mais emblemático. O advogado já mostrou ter provas concretas que envolvem membros da Lava Jato e Carlos Zucolotto, compadre e amigo íntimo do casal Sérgio Moro
Zucolotto, um advogado paranaense, foi mencionado em uma série de reportagens de 2017, em relação às suas supostas ligações com o advogado Rodrigo Tacla Duran.
De acordo com as reportagens, Zucolotto teria oferecido a Tacla Duran reduzir o valor de sua multa em troca de um pagamento em dinheiro. A suposta oferta teria sido feita em uma conversa por aplicativo de mensagens.
As alegações levantaram questões sobre a conduta de Zucolotto e sua possível relação com os membros da Lava Jato, uma vez que ele era próximo do juiz Sérgio Moro, que conduziria a investigação na época.
No entanto, as denúncias de Tacla Duran jamais foram investigadas. Montou-se uma blindagem, com o então juiz Sérgio Moro enviando denúncias para que Tacla fosse processado em vários países. Zucolotto não foi formalmente acusado ou processado por qualquer crime relacionado ao caso. Ele contestou qualquer irregularidade em suas atividades profissionais e disse que estava disposto a colaborar com qualquer investigação que estivesse aberta sobre o assunto.
Nenhuma foi aberta até a troca de juiz da 13ª Vara.
Agora, com Tacla Duran prestes a prestar depoimento, houve uma série de manifestações no TRF4 e no Ministério Público Federal do Paraná, visando manter seu caso sob controle.
Agora, uma decisão de Ricardo Lewandowski coloca ordem na bagunça e abre caminho para o depoimento de Tacla Duran.
*Com GGN