Após o o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidir manter os juros básicos da economia brasileira em 13,75% ao ano, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) se manifestou contrária à decisão. Em nota divulgada nesta quarta-feira (22/3), a instituição afirma que a manutenção da taxa é “equivocada”.
“A CNI espera que esse processo de redução da Selic se inicie na próxima reunião. A Confederação acredita que a manutenção da taxa de juros é, neste momento, desnecessária para o combate à inflação e apenas traz custos adicionais para a atividade econômica”, afirmou a Confederação.
De acordo com o Metrópoles, o Banco Central foi alvo de crítica de diferentes autoridades do governo, inclusive do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em razão dos juros. Além do governo, o vencedor do Prêmio Nobel de Economia de 2001, o americano Joseph Stiglitz, censurou a decisão do BC. Agora, a CNI se junta aos críticos.
A taxa básica de juros no patamar atual foi um dos fatores determinantes para a desaceleração da atividade econômica no final de 2022, com destaque para a retração de 0,2% no PIB do último trimestre. E seguirá sendo um limitador significativo para o crescimento da atividade em 2023, quando as previsões para o PIB indicam alta de apenas 0,88%, segundo o Boletim Focus do BC”, disse a CNI.