Tudo indica que o novo juiz da Lava Jato, Eduardo Fernando Appio, está fazendo um procedimento cirúrgico nos bastidores da Lava Jato, uma espécie de segunda fase da Vaza Jato do Intercept.
Algumas peças chave, que estão sendo presas ou convocadas, causam desconforto em Moro e Dallagnol.
O novo juiz da Lava Jato, tudo indica, é bastante intolerante com malfeitos, e o primeiro a ser preso, porque a sociedade nunca digeriu a história de que Alberto Youssef, o mesmo doleiro preso e solto por Sergio Moro, no caso escabroso do Banestado, seja a figura central da maior farsa judicial desse país, a Lava Jato comandada pelo mesmo Moro.
Todos perguntam, o que o doleiro de Londrina, preso por Sergio Moro em novembro de 2003, foi solto após fechar o primeiro acordo de colaboração premiada da história brasileira com o Ministério Público Federal, em dezembro do mesmo ano, já que na época do escândalo do Banestado ainda não existia a lei que, em 2013, ou seja, somente 10 anos depois a presidenta Dilma Roussef instituiu a delação premiada, lei 12.850.
Então, essa história do Moro está muito mal contada.
E não para aí, a assombrosa intimidade entre Moro e seu doleiro de estimação vem de longe, de capítulos subsequentes ainda mais escabrosos. É só lembrar da mais cretina capa da história da Veja, com Lula e Dilma e a chamada “Eles sabiam de tudo”, às vésperas do segundo turno entre Dilma e Aécio em que Moro vaza para revista uma delação do doleiro Youssef, preso pela Lava Jato, em que acusa Lula e Dilma de não só saberem, mas de comandarem um esquema de corrupção na Petrobras, coisa que nunca foi provada.
Pois bem, Youssef caiu no radar do novo juiz da Lava Jato, que não foi nem um pouco econômico, mandou prendê-lo e, no mesmo dia, um desembargador do TRF-4, mandou soltá-lo, ele emitiu nova ordem de prisão. E não foi só isso, ele convocou um depoimento de Tacla Duran que, durante todo o tempo da Lava Jato, avisou à mídia brasileira que tinha informações de qualidade contra Moro, com conteúdos exclusivos. Mas a mídia brasileira achou que a denúncia de Tacla Duran era desinteressante.
Agora, o juiz Eduardo Fernando Appio quer ouvir Tacla Duran e ter acesso ao conteúdo dos crimes de Moro em que suas digitais estão para todo lado.