Em entrevista, ministro da Justiça afirma que Ibaneis Rocha e Celina Leão viram invasão, e nomes de policiais envolvidos começam a aparecer.
O país enfrentou uma série de atos organizados para desacreditar o resultado das eleições presidenciais realizadas em 2022, incitar um levante das Forças Armadas e impedir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de assumir o mandato, segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino.
Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, Dino ressalta que existe uma inteligência por trás dos movimentos antidemocráticos registrados no país, que culminaram com a invasão de militantes bolsonaristas à Praça dos Três Poderes em 08 de janeiro.
“Houve pessoas que sabotaram o planejamento que foi feito em 6 e 7 de janeiro (…) Miraculosamente, o mesmo sistema que funcionou uma semana antes para 300 mil pessoas depois não dá conta de 5 mil? Não tem lógica, e portanto fica evidente que houve uma intencionalidade de sabotagem, no sentido de que aquilo que foi pactuado no dia 6 não foi feito, sobretudo no que se refere ao policiamento ostensivo, que constitucionalmente compete à Polícia Militar do Distrito Federal”, afirma o ministro.
Dino afirma que tanto ele como o então governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e a então vice-governadora Celina Leão viram o que aconteceu, assim como o chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha.
“Viram que a Polícia Militar estava em contingente ínfimo, despreparado, não estava equipado. As linhas previstas, os bloqueios não funcionaram. Mas como? Se funcionaram no dia 1º? Então houve um engendramento que passou por civis, por agentes militares, e os nomes estão aparecendo”, afirma o ministro.
De acordo com o ministro, a articulação institucional e a presença popular impediram que houvesse algum tipo de atentado – “lembrem que o cidadão que está preso pela participação no ataque à bomba estava fazendo treinamento de sniper para dar um tiro de longa distância. Tudo isso está documentado”, ressalta.
*Com GGN