Sputnik – Custos do ex-presidente permanecem porque mesmo não chefiando mais o Palácio do Planalto, seus assessores, que embarcaram com ele ainda sendo presidente quando foi para os EUA, recebem diárias além dos respectivos salários.
Apesar de ter relatado à imprensa norte-americana ontem (14) que deve voltar ao Brasil em março, o custo da estadia nos Estado Unidos do ex-presidente, Jair Bolsonaro, já fez o governo federal do Brasil desembolsar pelo menos R$ 950 mil, mesmo ele não sendo mais chefe do Executivo.
O valor inclui dados repassados pelo Ministério das Relações Exteriores após pedido de Lei de Acesso à Informação e informações do Portal da Transparência.
De acordo com a Folha de São Paulo, R$ 667,5 mil envolvem diárias, hospedagens, aluguel de veículos e intérpretes, entre outras despesas, de quando Bolsonaro ainda era presidente. Ou seja, do dia 28 de dezembro, quando os primeiros servidores foram em missão precursora até os EUA, até 31 de dezembro.
Entretanto, outros R$ 271 mil foram pagos em diárias para os assessores que ficaram com o ex-presidente após ele deixar a presidência. Como os servidores não moram em Orlando, onde Bolsonaro está desde o fim do seu mandato, eles recebem diárias além dos respectivos salários.
A lei permite que ex-mandatários mantenham seis assessores remunerados pelo orçamento, além de dois carros com motorista. Dessa forma, a permanência de Bolsonaro em território norte-americano, mesmo na condição de ex-presidente, ainda envolve gastos bancados por Brasília, explica a mídia.
De seus assessores, quem mais recebeu em diárias foi Sergio Cordeiro, que já embolsou R$ 73,6 mil. Em seguida vem Marcelo Câmara, com R$ 69 mil, e Max Guilherme, com R$ 64,5 mil em diárias. Ricardo Dias e Osmar Crivelatti receberam cada um R$ 32,1 mil, relata a mídia.
Nas declarações de ontem (14), o ex-presidente usou um tom mais calmo, diferente de suas declarações intempestivas, e admitiu sua derrota nas eleições do ano passado, dizendo que “perder faz parte do processo eleitoral”, acrescentando que ao voltar para o Brasil “pode ser preso a qualquer momento”, segundo o G1.
Ao mesmo tempo, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva só foi aos EUA para “buscar holofote” e que “o movimento de direita [no Brasil] não está morto”.