“O código de conduta dos servidores do Banco Central diz, no capítulo III, inciso XXIV, que os funcionários devem abster-se de exercer atividades políticas. Votar com camisa amarela em apoio a Bolsonaro, como fez Roberto Campos, é atividade política? No meu entender, sim”. (twitter Octavio Guedes)
Diante desse parecer em que o código de ética do Banco Central restringe, por motivos óbvios, a militância política de funcionários do órgão, mas sobretudo o presidente, o que se pode afirmar é que o onipotente cacique bolsonarista, Roberto Campos Neto, comportou-se fora do regime legal da instituição.
Na realidade, a incorporação de Campos Neto na equipe de Guedes e suas subsequentes políticas de juros, mostram que a relação oficial entre Campos e Guedes é de, cara de um, focinho do outro.
O Banco Central, hoje, trabalha para sepultar no cemitério oficial independente o desenvolvimento e a própria organização social do povo brasileiro, utilizando os mesmos fundamentos graduais que neutralizaram a economia brasileira na gestão Paulo Guedes, no governo Bolsonaro.
O cheiro de tudo isso é da mesma lavra que produzia os gases e arrotos mal cheirosos de Paulo Guedes que assentava as classes altas, consolidando a riqueza dos muito ricos e degradando o povo, colocando, como colocou, 33 milhões no pedestal da miséria, numa espécie de nova escravização no Brasil.
Na verdade, juros de 14%, defendido, por exemplo, por Arminio Fraga, que tornou o Brasil inviável quando foi presidente do Banco Central na era FHC, por elevar os juros a 45%, é um conselho de precipício de quem levou o país, dentro de prazo recorde, a uma ruína que o colocou absolutamente à deriva.
Se a mídia está desenterrando um sujeito como esse, que foi um dos coveiros das empresas nacionais e empregos na era FHC, é porque não tem mais como explorar a mentira e, diante das garrafais, desfazer a miséria que a política de Fraga proporcionou ao país.
Ficou para Lula a tarefa de desentortar o país, de tirá-lo do cemitério econômico, onde FHC enterrou os brasileiros e elevar o Brasil de 14ª à 6ª maior economia do planeta, como foi feito.
Esse Lula é o mesmo que a mídia ataca para defender Campos Neto como uma figura essencial para manter o carvão em chamas para a sardinha dos banqueiros e rentistas.