Vera Magalhães, aquela que, em 2021, disse que Lula não era player para ser entrevistado no Roda Viva por se tratar de um espantalho político.
Pois bem, a moça, que defende com unhas e dentes, a manutenção da maior taxa de juros no planeta, via BC, quer saber mais sobre essa especiaria de Roberto Campos Neto, neto do inventor da jabuticaba “correção monetária”, que, na era da ditadura, mergulhou o país na hiperinflação que, por sua vez, demorou quase uma década para ser extirpada da vida dos brasileiros.
Ou seja, solução inteligente está no sangue dos Campos.
Roberto Campos Neto tem apenas uma grande deficiência, a falta de originalidade e, como todo e qualquer tecnocrata, cria circunstâncias que arrebenta com a vida dos mais pobres, o que significa a maioria do povo brasileiro, justificando que o remédio é amargo, mas é para o bem dos pobres.
Está aí a questão central da queda de braço de Campos com Lula. Se o nome de Lula ganhou o mundo por ter tirado aproximadamente 40 milhões de brasileiros da miséria, a política econômica do governo Bolsonaro, tocada pela dupla de ataque, Guedes e Campos, devolveu 33 milhões de brasileiros ao mesmo mapa da fome, deixando mais da metade da população em estado de insegurança alimentar.
Mas Vera Magalhães, a mesma apaixonada pelo “enxadrista Sergio Moro”, parece que também reserva o mesmo carinho com o netinho de Roberto Campos e, por isso, usará o Roda Viva como advogado do presidente do BC, que insiste em manter as taxas de juros mais pornográficas do planeta, naturalmente sabotando a política econômica do governo Lula.
Detalhe, a entusiasmadíssima com os juros lá na casa do Guedes, Dora Kramer já avisou no twitter que não perderá o Roda Viva de segunda-feira de forma nenhuma. Ou seja, tiete de banqueiro é tiete de banqueiro.