Depois de uma frase fascista com ameaça a Lula, Wallace diz que não é fascista

Depois de uma frase fascista com ameaça a Lula, Wallace diz que não é fascista

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Essa frase de um desconhecido é a própria cara do bolsonarismo, que vende uma ingenuidade caricatural quando confrontado com uma reação contrária de muita repercussão.

Foi exatamente assim que agiu o jogador de vôlei, Wallace de Souza, que quis sublinhar que era contra a sua própria frase, enquete, publicada um dia antes.

Na verdade, a fuga pela tangente de Wallace o aproxima ainda mais de sua matriz filosófica, que é a de Bolsonaro, de Olavo de Carvalho e, consequentemente, da milícia.

O jogador disse que a frase foi infeliz, mas que jamais colocaria algo assim em prática, quando sugere dar um tiro na cara do presidente Lula, dizendo que nunca faria isso com ninguém, muito menos contra o presidente. Segundo ele, foi isso que o esporte lhe ensinou, pena que ele aprendeu.

Esse fato ocorreu no mesmo dia em que Regina Duarte tratou as crianças yanomamis,  como “essa gente”, frase que certamente assombraria até Hitler e Mussolini.

Mas é nessa paisagem e nesse ambiente que vive o bolsonarismo, que pode ser chamado de fascismo tropical.

No caso de Regina Duarte, sequer se deu ao trabalho de buscar um malabarismo engenhoso para tentar se redimir da perversidade diante de um  ódio armazenado nas figuras sem alma que não aceitam a democracia a partir de uma  simples derrota eleitoral.

Nisso, não há nada de novo, pois é da natureza do fascismo que expoentes dessa doutrina demoníaca adquiram formas monstruosas para impor sua amargura como numa incontinência verborrágica. Porque a ideia central do fascismo é essa mesmo, o ódio ao invés do argumento; a praga no lugar do esclarecimento; e a fuga covarde da própria luz.

Wallace e Regina Duarte têm no ódio ativo a resultante da materialização do que existe de pior nos instintos selvagens de alguns seres humanos.

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