Presidente do PL diz que Bolsonaro não deveria ser o candidato da direita em 2026 porque tem rejeição demais.
Presidente nacional do PL, o deputado federal Valdemar da Costa Neto tentou jogar panos quentes na “minuta do golpe” encontrada na casa do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal, Anderson Torres.
Em entrevista ao O Globo, Valdemar afirmou que “todo mundo” tinha uma minuta do golpe “em casa”, porque era comum, no governo Bolsonaro, os políticos de direita receberem propostas para contornar a vitória eleitoral de Lula.
Valdemar chegou a dizer que recebeu um documento similar ao que foi encontrado pela Polícia Federal na casa de Torres, mas “moeu” os papéis assim que chegou em casa. À PF, Torres afirmou que guardava a minuta do golpe em casa, mas tinha a intenção de levá-la ao Ministério da Justiça para “triturar”.
Após a repercussão, Valdemar recuou e disse que “todo mundo” ter uma minuta do golpe em casa era apenas uma metáfora, e não um afirmação literal.
Bolsonaro fora em 2026
Além de banalizar a minuta do golpe, Valdemar ainda defendeu na entrevista ao jornal que Bolsonaro não seja o presidenciável do PL em 2026. Segundo o dirigente, Bolsonaro carrega muita rejeição e a direita seria “imbatível” se o ex-presidente apenas apoiasse outro nome.
Valdemar já citou o nome de Michelle Bolsonaro, além de Tarcísio de Freitas e de Romeu Zema como candidatos virtuais ao Palácio do Planalto em 2026.
Sobre tentativa de golpe, Valdemar afirmou na entrevista que Bolsonaro não avançou com a ideia porque sabia que não teria apoio interno nem internacional para uma ruptura democrática à margem da lei.