Como se sabe, em política não existe coincidência. E se ninguém foge por acaso, Bolsonaro sair do país justo a três dias a posse de Lula, a meu ver, não tem outra explicação. O sujeito está fugindo da justiça brasileira.
Na verdade, ele seguirá o caminho de outros criminosos, como Allan dos Santos e Paulo Figueiredo, fugitivos da justiça brasileira nos EUA. Dois picaretas que não podem colocar os pés em chão brasileiro, pois se pisarem no aeroporto, serão conduzidos para o presídio.
Algum ingênuo, mesmo o mais boboca, acredita que Bolsonaro não está utilizando seus últimos dias na cadeira da presidência para dar um balão na justiça brasileira com essa viagem?
Como disse o próprio Bolsonaro, preso eu não vou. Com uma frase dessa que é a confissão de inúmeros e pesados crimes, Bolsonaro antecipa, como antecipou, há mais de ano, que, se não pode cair atirando, ele se retira do país para conseguir uma blindagem que lhe garanta a liberdade em outro solo.
Pode ser especulação? Sim, pode. Mas tudo leva a crer o oposto, ainda mais se tratando de quem se trata. O sujeito é o rei do caso pensado.
Bolsonaro moveu seu tabuleiro político de destruição nacional, durante quatro anos, sabendo exatamente a tragédia que estava produzindo. Nunca foi erro, mas projeto friamente calculado para destruir o próprio Estado brasileiro.
Por tudo isso e mais uma gigantesca pilha de processos que tem nas costas, e que terá que encarar assim que perder o poder, Bolsonaro, não resta dúvida, está partindo em retirada.
A pergunta é, Carluxo vai junto?