Apesar de ser alvo de uma ordem de prisão do STF (Supremo Tribunal Federal) já há três dias, o militante bolsonarista Fabiano Oliveira, 44, segue em frente à sede do 38º BIB (Batalhão de Infantaria Blindada), em Vila Velha (ES), de onde tem gravado vídeos incitando os seguidores a irem aos quartéis para contestar o resultado das eleições.
Ontem, quando a PF se levantou contra a minha pessoa, o povo brasileiro se levantou e me protegeu. Tinha muitas pessoas aqui. E não permitiram que me levassemFabiano Oliveira, militante bolsonarista, três dias após ser alvo de prisão do STF. Fabiano Oliveira, militante bolsonarista, três dias após ser alvo de prisão do STF
Oliveira é um entre dois alvos da PF que ainda não foram presos. Na última quinta (15), a pedido do ministro Alexandre de Moraes, os agentes cumpriram 103 mandados de busca e apreensão, em oito estados e no Distrito Federal contra grupos que financiam bloqueios de rodovias e atos em frente a instalações do Exército. Houve no país quatro pedidos de prisão, todos no Espírito Santo, mas dois não foram cumpridos: o de Oliveira e do radialista Max Pitangui. Já o vereador Armandinho Fontoura (Podemos) e o jornalista Jackson Rangel foram presos no estado.
A defesa de Oliveira e Pitangui afirmou ao UOL Notícias que “ninguém, de qualquer força, apresentou qualquer mandado de prisão” contra eles, apesar de o próprio Oliveira ter dito em vídeo que foi “perseguido” pela PF e se refugiou entre os manifestantes em frente ao quartel.
A defesa de Oliveira e Pitangui afirmou ao UOL Notícias que “ninguém, de qualquer força, apresentou qualquer mandado de prisão” contra eles, apesar de o próprio Oliveira ter dito em vídeo que foi “perseguido” pela PF e se refugiou entre os manifestantes em frente ao quartel.
https://twitter.com/carolbyme/status/1604224042214588418?s=20&t=NfLIFblBYv8xIpz3zuhj5A
Oliveira se identifica nas redes como pastor evangélico, mas não atua em nenhuma igreja. O bolsonarista, que costuma discursar com uma Bíblia na mão, se declarou “motorista” em depoimento prestado à Polícia Civil, no final de novembro. “Eu sou consagrado pastor, mas não estou atuante dentro da igreja como pastor”, disse ele no interrogatório.
Neste depoimento, Oliveira afirmou que não deseja um golpe de Estado e que não incitou o cometimento de crimes. Ele reconheceu ser líder de dois movimentos que convocaram as manifestações.
Um destes coletivos, chamado de “B22”, é um “movimento de oração pela nação”, segundo disse Oliveira. O outro, chamado de “Soberanos da Pátria”, foi fundado para contestar “todas as atitudes que forem tomadas de forma a contrariar a Constituição Federal”.
Desde a operação da PF, na última quinta, da qual era alvo, o bolsonarista já gravou pelo menos outros dois vídeos em frente ao quartel. Em um deles, divulgado na sexta (16), ele já havia afirmado que não foi preso devido à proteção dos manifestantes.
*Com Uol