O Itamaraty negou acesso a telegramas referentes à viagem de Jair Bolsonaro a Londres para o funeral da rainha Elizabeth II por classificá-los como “reservados, secretos e ultrassecretos”. O ministério liberou apenas aqueles ostensivos, que tratam de questões burocráticas e administrativas.
A pasta deixou de encaminhar os documentos solicitados via requerimento de informação pelo deputado Marcelo Calero (PSD-RJ). O parlamentar pediu que fossem enviados todos os expedientes diplomáticos trocados de julho a setembro entre a embaixada brasileira em Londres e a Secretaria de Estado das Relações Exteriores, incluindo aqueles identificados como reservados e secretos.
A praxe é o deputado ter acesso a esses documentos sob responsabilidade de não compartilhar seu teor, sujeito ao que consta em lei. No lugar dos telegramas, chegaram os “termos de classificação da informação”.
Em sua justificativa, Calero apontava que a viagem podia engendrar um “potencial dano à imagem do país no exterior”.
*Lauro Jardim/O Globo