A seleção brasileira está acompanhando de perto o crescimento de casos de jogadores com sintomas de gripe durante a Copa do Mundo. O último foi o de Neymar, que ficou hoje (28) no hotel da delegação durante a partida contra a Suíça para fazer fisioterapia no tornozelo direito, mas também por conta de uma febre, como revelou Vini Jr.
Além do camisa 10, Antony já perdeu dois treinos por esse motivo e voltou a trabalhar com o grupo apenas ontem. Hoje, na zona mista, ele estava rouco. O atacante ainda teve episódios de vômito. Raphinha foi outro que deixou o estádio falando que estava rouco. O UOL Esporte também falou com empresários, pessoas que trabalham com atletas e familiares que trabalham com atletas e familiares que também tiveram sintomas nos últimos dias. Houve pessoas que não conseguiram participar do primeiro jantar entre delegação e famílias.
Lucas Paquetá também teve sintomas, mas não chegou a ficar no hotel em dias de treino. Contra a Suíça, ele disputou todo o primeiro tempo e foi substituído por opção de Tite, segundo o próprio treinador. O jogador foi questionado sobre a sua situação na zona mista, mas não quis falar sobre o tema. O departamento médico da seleção acompanha os casos de perto e tem tratado tudo como “indisposição” – até o momento, não considera nenhum caso preocupante. A Fifa não coloca no seu protocolo a obrigação do teste de covid para nenhuma seleção.
O Qatar também retirou a obrigação de teste de covid para os torcedores, jornalistas e todo mundo que fosse viajar ao país para acompanhar a Copa do Mundo. Também não há exigência de comprovantes de vacinação.
A princípio, a desconfiança é de que os atletas estão tendo dificuldades por conta das temperaturas que passam dos 30ºC quando estão em áreas externas e transições para locais fechados com ar condicionado, com temperaturas bem baixas, além do ar seco, inclusive no deslocamento em ônibus oficiais da competição. O choque térmico no corpo é uma das causas potenciais para esses sintomas.
Antony relatou que para melhorar nos últimos dias passou a sempre desligar o ar condicionado do seu quarto no hotel da delegação da seleção brasileira em Doha.
Além dos próprios jogadores, vários familiares e empresários dos atletas que estão no Qatar também têm sintomas. Eles têm tido contato diariamente em treinos da seleção e também em eventos organizados pela CBF como os jantares no dia seguinte ao jogo.
O site do governo do Qatar diz que nas últimas 24 horas foram registrados 367 casos de covid-19 no país, com 1.166 casos ativos e nenhuma morte.