Rogério Correia e Beatriz Cerqueira: Agora, é hora de derrotar o neoliberalismo que jogou a economia no buraco

Rogério Correia e Beatriz Cerqueira: Agora, é hora de derrotar o neoliberalismo que jogou a economia no buraco

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Na política como na vida, não podemos nos acomodar com a vitória e negligenciar com os novos desafios. Mesmo que a vitória seja gigante, como esta que tivemos nas eleições.

O povo brasileiro venceu nas urnas o fascismo à brasileira representado por Jair Bolsonaro e o bolsonarismo.

Estamos agora diante de novas provocações que vão nos exigir a disposição para seguir lutando.

A principal delas é superar o neoliberalismo, ou o liberalismo radical executado nos últimos seis anos no país, nomeadamente nos governos Temer e Bolsonaro.

Um neoliberalismo, com pitadas de liberalismo radical, que fracassou soberbamente.

Uma política econômica que não consegue, nem conseguirá no futuro, apresentar um único indicador para orgulhar-se.

O mercado de trabalho piorou, a atividade econômica idem, as contas públicas ibidem, as relações externas se deterioraram…

Acabou. Chega! O povo brasileiro conheceu e, infelizmente, sentiu no seu sofrido cotidiano as desgraças trazidas por uma política econômica que privilegiou o fiscalismo, a restrição de investimentos e a total submissão aos interesses financeiros sobre a economia real.

O presidente Lula foi novamente eleito pelo povo por que disse “não” a essa política sufocante na economia durante a campanha eleitoral – e, claro, porque boa parte do povo também se recorda dos seus exitosos governos entre 2003 e 2010.

Para além de apoiarmos as primeiras manifestações de Lula em relação à prioridade absoluta no combate à fome que retornou ao Brasil, precisamos defender as iniciativas e formar maioria em torno das propostas.

Até que essa prioridade seja inteiramente atendida, e o Brasil novamente deixar o Mapa da Fome da ONU, qualquer governo responsável, como será o de Lula, deve submeter a política econômica a essa necessidade.

O assim chamado “mercado” faz suas costumeiras queixas, já saudoso da época, que felizmente está acabando, em que a vida real do povo não era prioridade na economia. Faz parte de sua natureza, mas não pode se impor à vontade e necessidades do povo, do governo eleito e do país.

Novamente: o receituário seguido nos governos Temer e Bolsonaro tecnicamente fracassou. Nada de positivo trouxe para os fundamentos econômicos.

*Por Rogério Correia e Beatriz Cerqueira/Viomundo

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