E se Bolsonaro tivesse vencido e a esquerda fosse às ruas protestar?

E se Bolsonaro tivesse vencido e a esquerda fosse às ruas protestar?

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Como ele e seus apoiadores reagiriam?

E se Lula tivesse perdido as eleições? E se os caminhoneiros que o apoiaram bloqueassem estradas pelo país? E se petistas fossem para a porta de quartéis pedir uma intervenção militar? E se o Movimento dos Sem Terra retomasse as invasões?

O que faria Bolsonaro? O que fariam os donos de terras? O que faria o agro, impedido de escoar sua produção? Como reagiria o mercado financeiro? Os chefes militares, como reagiriam? E a classe média que pensara ter se livrado do perigo do comunismo?

Em Belo Horizonte, a Polícia Militar protegeu manifestantes que interditaram o tráfego em frente à sede do Comando da 4ª Região Militar. Eles pediam a anulação do resultado da eleição, mas só para presidente. Para os demais cargos, não.

Depoimento de uma testemunha ocular do fato:

“Pediam intervenção militar e esfregavam a bandeira do Brasil nos carros que passavam. Na nossa frente, [o motorista de] um carro falou algo do Lula e, imediatamente, todos começaram a vaiar, cercar o carro e berrar frases como ‘morre petista’”.

Um vídeo mostra um agente da Polícia Rodoviária Federal usando um alicate para abrir passagem a bolsonaristas que ameaçavam invadir as pistas do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Alguns voos foram suspensos ou atrasados. Outros desviados.

Em outro vídeo, um policial de Santa Catarina compromete-se a não reprimir manifestantes que bloquearam a BR-470:

“Compromisso que eu faço com vocês aqui. Nenhum veículo que está na manifestação aqui será alvo de qualquer notificação. Eu não vou fazer multa nenhuma. Eu, enquanto servidor público de serviço hoje. (…) O que vai estar de serviço amanhã, não sei”.

Cenas parecidas ocorreram ao menos em 221 pontos de bloqueio em rodovias de 16 estados sem que os agentes federais, até o início da noite, recebessem ordens do governo para estancar a bagunça. Bolsonaro acompanhou passo a passo o que acontecia.

O governo da anarquia, do desrespeito à lei, da afronta às instituições está chegando ao fim, mas ainda restam 61 dias.

*Noblat/Metrópoles

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