Pesquisa ouviu 2.000 pessoas entre 23 e 25 de outubro em 83 municípios paulistas. 21% ainda não sabem apontar espontaneamente em quem votariam para governador.
Pesquisa do Ipec encomendada pela Globo e divulgada nesta terça-feira (25) revela os índices de intenção de voto para governador de São Paulo e indica um empate técnico dentro da margem de erro da pesquisa, de dois pontos percentuais. O candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos) se manteve com 46%, e o candidato do PT, Fernando Haddad, oscilou para 43%. Este é o segundo levantamento feito pelo instituto após o primeiro turno das eleições.
Foram ouvidas 2.000 pessoas entre os dias 23 e 25 de outubro em 83 municípios paulistas. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-06977/2022.
Entre os eleitores paulistas, 87% afirmam que a decisão do seu voto é definitiva, e 13% declaram que ainda podem mudar de candidato até o dia da eleição. Na pesquisa espontânea, quando não são apresentados os nomes dos candidatos, aqueles que não sabem apontar espontaneamente em quem votariam passaram de 23% para 21%. Os que pretendem votar em branco ou nulo totalizam 10% (somavam 11% no levantamento anterior). Essa proporção de eleitores pode trazer movimentações de última hora.
No primeiro turno, Tarcísio recebeu 9.881.995 votos (42,32%) e Haddad, 8.337.139 (35,70%). O segundo turno está marcado para o próximo domingo (30).
Votos totais
Resposta estimulada e única, em % de votos totais:
- Tarcísio de Freitas (Republicanos): 46% (tinha 46% na pesquisa anterior, de 11/10)
- Fernando Haddad (PT): 43% (41% na pesquisa anterior)
- Brancos e nulos: 7% (9% na pesquisa anterior)
- Não sabe: 4% (4% na pesquisa anterior)
Em relação a Tarcísio, suas intenções de voto têm destaque entre eleitores:
- Homens (variou de 52% na pesquisa anterior para 51%)
- Mulheres (variou de 41% para 43%);
- Com renda familiar mensal superior a 5 salários mínimos (variou de 54% na pesquisa anterior para 52%) em relação aos que têm renda de até 1 salário mínimo (foi de 37% para 33%);
- Evangélicos (oscilou de 62% para 61%);
- Que têm ensino superior (mesmos 49%) ou ensino médio (mantém-se com 48%) na comparação com os menos instruídos (mesmos 40%);
- Que vivem no interior do estado (foi de 52% para 50%) em comparação aos moradores da região metropolitana de São Paulo (antes 40% e agora 42%);
- Que avaliam como ótima ou boa a gestão do atual governador (foi de 55% para 64%). E decrescem à medida que a avaliação estadual piora, indo para 49% entre quem avalia como regular (eram 50%) e chegando a 31% entre aqueles que avaliam negativamente (eram 39%);
- Que moram em domicílio que ninguém recebe benefício do governo federal variou de 48% para 49%) quando comparado àqueles que vivem em domicílios que alguém recebe (mantém-se em 39%);
- Já nessa rodada, o candidato passa a se destacar entre eleitores que se autodeclaram brancos (50%) em comparação aos que se autodeclaram pretos/pardos (40%).
Quanto a Haddad, suas menções são mais expressivas entre eleitores:
- Com renda familiar mensal de até 1 salário mínimo (mantém-se em 52%);
- Que têm outra religião, que não católica ou evangélica, ou sem religião (55%, eram 49%) e católicos (mesmos 45%) na comparação com evangélicos (variou de 28% para 31%);
- Que avaliam como ruim ou péssima a gestão do atual governador (variou de 49% para 61%) e decresceu à medida que a avaliação da gestão estadual melhora, indo para 41% entre quem avalia como regular (eram 39%) e chegando a 29% entre quem avalia positivamente (eram 36%);
- Que vivem na região metropolitana de São Paulo (mantém-se com 47%) em relação aos que moram no interior (vai de 35% para 38%);
- Que têm alguém no domicílio recebendo benefícios do governo federal (mantém-se com 51%);
- Passa a se destacar entre eleitores que se autodeclaram pretos/pardos (48%) em comparação aos que se autodeclaram brancos (39%).
*Com G1