A nova pesquisa presidencial do Ipec, a primeira do segundo turno

A nova pesquisa presidencial do Ipec, a primeira do segundo turno

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A despeito das polêmicas (e dos erros) das pesquisas no primeiro turno, elas estão de volta. A primeira pesquisa presidencial do Ipec (ex-Ibope) deste segundo turno será divulgada na noite de quarta-feira, dia 5.

Encomendada pela Globo, começou a ser apurada ontem e as últimas entrevistas serão realizadas na própria quarta-feira. O instituto entrevistará presencialmente 2.000 pessoas acima de 16 anos em todos os estados brasileiros. A “margem de erro máxima” é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

Segundo Lauro Jardim, O Globo, a pesquisa captará os primeiros efeitos do pós-eleição, com todas as surpresas que aconteceram, tanto em relação ao excelente desempenho de candidatos bolsonaristas na disputa pelas vagas de deputados e senadores quanto pelo próprio resultado final de Jair Bolsonaro.

Deve medir também os primeiros movimentos da disputa a dois que já começou a ocorrer. Como, por exemplo, o apoio de Romeu Zema a Bolsonaro, oficializado nesta terça-feira. Minas Gerais foi o único dos três maiores colégios eleitorais do Brasil em que Lula venceu Bolsonaro. E também da declaração de voto do ex-aliado, ex-adversário e novamente aliado Sergio Moro.

A campanha de Lula ainda não mostrou qualquer fato novo até agora. Aguarda uma declaração formal de apoio de Simone Tebet, que está na iminência de acontecer; e do PDT.

Pela tradição, a primeira pesquisa de um segundo turno confirma o resultado do primeiro. Ontem, segunda-feira, por exemplo, o tracking encomendado por um grande banco revelava que o quadro de domingo não havia se alterado.

No questionário do Ipec, o entrevistado será perguntado em que ele vai votar para presidente (serão dadas respostas tanto de forma espontânea quanto estimuladas por uma lista de nomes), assim como se a decisão já é definitiva, o grau de rejeição a cada um dos candidatos e qual a expectativa sobre quem vencerá o pleito, independentemente do candidato escolhido. Será perguntado também quem quem ele votou no primeiro turno. E a avaliação que faz do governo Bolsonaro.

Seja qual for o resultado deste primeiro Ipec para o segundo turno, seus números serão protagonistas de um intenso debate. Serão contestados. Serão usados em campanhas eleitorais inevitavelmente como peças de campanha de vários candidatos. Serão, enfim, discutidas como nunca foram.

As pesquisas são um instrumento importante para se medir o pulso da eleição. Mas inevitavelmente serão vistas a partir de agora como mais um instrumento para se acompanhar o processo eleitoral — e não a única e soberana ferramenta para se tentar analisar para onde caminha a cabeça do eleitor.

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