Escola do ataque armado, no interior da Bahia, foi militarizada após decreto de Bolsonaro

Escola do ataque armado, no interior da Bahia, foi militarizada após decreto de Bolsonaro

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Um estudante armado entrou na escola municipal Eudires Sant’Anna e atirou contra dois alunos, provocando uma morte, em cidade do interior da Bahia, Barreiras, na manhã desta segunda (26). Uma estudante que foi atingida, cadeirante, de 20 anos, morreu. A escola é de gestão compartilhada com a Polícia Militar.

Segundo a Polícia Civil da região, o jovem de 14 anos entrou na escola armado com um revólver calibre 38, duas armas brancas e aparentemente uma bomba caseira. Não há informações sobre a motivação do crime.

Escola pública militarizada

Desde 2019, a escola foi uma das diversas instituições públicas de ensino que passaram a adotar disciplina de colégios militares durante o governo de Jair Bolsonaro, metodologia estimulada pelo presidente.

Naquele ano, Jair Bolsonaro publicou o decreto Decreto 9.465/2019, que passou a “promover, fomentar, acompanhar e avaliar, por meio de parcerias, a adoção por adesão do modelo de escolas cívico-militares nos sistemas de ensino municipais, estaduais e distrital tendo como base a gestão administrativa, educacional e didático-pedagógica adotada por colégios militares do Exército, Polícias e Bombeiros Militares”.

Durante a gestão de Abraham Weintraub no Ministério da Educação, o então ministro anunciava um “Compromisso Nacional pela Educação Básica”, que objetivava instituir, até este ano, 2022, “27 Escolas Cívico Militares (1 por estado), totalizando 108 escolas até 2023, atendendo, aproximadamente, 108 mil alunos.”

“Política bélica”

O Colégio Municipal Eurides Sant´Anna, em Barreiras, onde ocorreu o ato nesta manhã, começou a adotar a disciplina dos colégios militares em maio de 2019, em convênio assinado pelo prefeito da cidade, Zito Barbosa (DEM), e coronéis e representantes da Polícia Militar.

Para a presidente do PT, o ato da manhã de hoje na escola no interior da Bahia é o reflexo da “política bélica de Bolsonaro”.

“Olha o que acontece com a política bélica de Bolsonaro. Um jovem entrou atirando numa escola da Bahia e uma aluna cadeirante morreu. Vamos acabar com essa liberação desenfreada de armas. Solidariedade à família da estudante”, escreveu nas redes.

*Patrícia Farmann/GGN

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