O dia em que Bolsonaro pôs arma na mesa e disse “Vai ser fuzilamento?”

O dia em que Bolsonaro pôs arma na mesa e disse “Vai ser fuzilamento?”

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Livro conta bastidores de sabatina de Bolsonaro na GloboNews em 2018, quando o então deputado metaforizou sobre fuzilamento a jornalistas.

De acordo com Guilherme Amado, Metrópoles, antes de sua primeira sabatina na GloboNews, no dia 3 de agosto de 2018, Jair Bolsonaro colocou uma pistola na mesa de seu QG de campanha e perguntou aos seus aliados: “Vai ser pelotão de fuzilamento ou não vai?”, em uma metáfora sobre fuzilar jornalistas que iriam entrevistá-lo.

A história está no livro “O Brasil (NÃO) é uma piada”, do apresentador André Marinho. A obra será lançada nesta segunda-feira (26/9), pela editora Intrínseca.

No livro, o autor, que é filho do empresário Paulo Marinho, suplente de Flávio Bolsonaro que cedeu sua casa em 2018 para ser o QG da campanha de Bolsonaro, revela que Bolsonaro, apesar de sua postura combativa, estava nervoso para sua sabatina na GloboNews, canal que classifica como o “maior inimigo” do presidente.

Marinho conta também que o comitê de campanha estava apreensivo com o desempenho do então deputado na sabatina. Bolsonaro se negava a seguir os conselhos dados por aliados e, minutos antes de entrar ao vivo, estava tirando dúvidas sobre temas técnicos que deveria abordar na entrevista. O resultado foi o esperado do capitão:

“Em vez de levar o papo para as áreas técnicas, institucionais, burocráticas, permitiram que ele distribuísse as cartas. Ele as embaralhou, cortou e distribuiu como quis. Tergiversou sobre o que não sabia, jogou na conta de Paulo Guedes o que ignorava, enrolou, no seu modo irreverente, o quanto pôde”, diz Marinho no livro.

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