Marina: ‘Campanha de Bolsonaro manipula religião e a própria Michelle’

Marina: ‘Campanha de Bolsonaro manipula religião e a própria Michelle’

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A campanha de Jair Bolsonaro (PL) enxerga a primeira-dama Michelle Bolsonaro como um grande trunfo perante o eleitorado evangélico. Michelle tenta vincular a imagem do marido aos valores cristãos mas, para Marina Silva (Rede), que é candidata a deputada federal por SP e declarou apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), há uma manipulação na campanha do atual presidente.

“Eu acho que a campanha do Bolsonaro faz essa manipulação e tenta manipular inclusive a figura da Michelle”, disse durante participação no UOL News.

Marina também disse que não cabe a ela julgar a fé de Michelle, mas criticou o uso dos chamados “fundamentalismos”. “O que eu me preocupo é com a manipulação. A manipulação da fé e a manipulação da política, porque fundamentalismos não são bons. Nem político, nem evangélico. Agora, quando as duas coisas se encontram, aí realmente nós temos uma questão letal”.

“Quando a manipulação é feita, ela não serve nem a política e nem a fé cristã. Não serve absolutamente nada”, completou.

Marina relembrou as afirmações falsas contra Lula de que, se eleito, fecharia igrejas. “Você não pode dizer que se o presidente Lula ganhar, o governo dele vai fechar igrejas. Ele foi presidente por dois mandatos e não existe uma igreja que tenha sido fechada por ele”.

“Esse bolsonarismo perverso que faz com que alguém vá na casa de uma mulher que passa fome, filme essa mulher e ameaça que se ela não votar no Bolsonaro. Diz que vai perder a ajuda de alimento que ela tem e posta isso nas redes sociais, como se fosse um grande feito. Isso é a banalização do mal”, disse Marina Silva sobre a atual situação do Brasil que, em sua visão, é estimulada por Bolsonaro.

Ela também falou sobre seu compromisso com o meio ambiente, que foi assunto de sua conversa com Lula para que o apoio fosse formalizado.

“Nós já provamos que é possível diminuir o desmatamento e em nome da democracia, combater a pobreza de 33 milhões de pessoas que estão passando fome. Em nome de protegermos a Amazônia, os povos indígenas e criarmos um novo ciclo de prosperidade econômica e social, de não permitir que a banalização do mal continue”.

“Temos que nos dirigir aos evangélicos, aos católicos, aos ateus, aos que tenham religião de matriz africana como cidadãos. Não são todos os evangélicos que estão com Bolsonaro, uma parte já percebeu que Jesus Cristo não tem nada a ver com uma arma na Marcha para Jesus”.

*Com Uol

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