TSE nega acordo com Forças Armadas e diz que militares não terão “acesso diferenciado” à apuração das urnas

TSE nega acordo com Forças Armadas e diz que militares não terão “acesso diferenciado” à apuração das urnas

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou ter feito alguma espécie de acordo com as Forças Armadas para uma apuração paralela dos votos depositados nas urnas eletrônicas na eleição de 2022.

Em nota divulgada nesta segunda-feira (12), a Corte Eleitoral diz que militares não terão “acesso diferenciado em tempo real” à apuração dos votos.

Assim como em eleições anteriores, esclarece o TSE, poderá ser feita a fiscalização da contagem dos votos por meio dos boletins de urna (BUs), disponibilizados ao final da votação. A única novidade será no acesso aos BUs, que poderão ser visualizados também por meio da internet. “O TSE reitera informação amplamente divulgada em junho passado sobre a contagem de votos, a partir da somatória dos BUs [boletins de urna], ser possível há várias eleições e que para o pleito deste ano, foi implementada a novidade de publicação dos boletins de urnas pela rede mundial de computadores, após o encerramento da votação para acesso amplo e irrestrito de todas as entidades fiscalizadoras e do público em geral”, diz o TSE em nota.

Reportagem da Folha de S. Paulo afirmava que “dentro da proposta de fiscalizar o processo eleitoral, técnicos das Forças Armadas decidiram investir em um projeto para conferir, em tempo real, a totalização dos votos feita pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A medida, inédita na história democrática brasileira, consiste em levar militares em seções eleitorais espalhadas pelo país para tirar e enviar fotos do QR Code dos boletins de urna para o Comando de Defesa Cibernética do Exército, em Brasília, que fará um trabalho paralelo de contagem dos votos”.

Segundo a matéria, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, teria fechado um “acordo” com os militares “em reunião no dia 31 de agosto para liberar às entidades fiscalizadoras os arquivos brutos da totalização enviados pelos tribunais regionais. Com a concessão de Moraes, os militares terão acesso em tempo real aos dados enviados para a totalização, em vez de ter de coletar as informações na base de dados do TSE disponibilizada na internet”.

*Com 247

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