Há quatro anos, além de escarrar no Centrão e prometer um duro combate à corrupção, Bolsonaro dizia que não precisava de dinheiro para se eleger. Orgulhava-se do raquítico partido que o apoiava, o PSL, e não se incomodava com seu pouco tempo de propaganda no rádio e na televisão. Afinal, era um antipolítico, contra o sistema.
Eleito, para não ser processado, aliou-se ao Centrão e enterrou a Lava Jato. Aderiu ao PL do ex-mensaleiro Valdemar Costa Neto para ser candidato à reeleição. E, embora, se valha de dinheiro público para bancar suas despesas de campanha, está atrás de mais, e telefona para empresários pedindo ajuda.
Não quer gastar do seu bolso. Ali, só entra dinheiro, não sai. E quando sai, é dinheiro vivo para comprar imóveis. Mandou o filho Flávio, o senador da rachadinha, viajar pelo país passando o chapéu para arrecadar mais dinheiro. É do agronegócio, pop ou não, que tem saído mais dinheiro. Sempre haverá sobras de campanha.
Convenhamos: mesmo que seja derrotado em outubro, terá feito um bom negócio.
*Noblat/Metrópoles