Mas ele sabe muito bem que não tem força política para uma ruptura democrática. A exemplo, o presidente da Câmara dos Deputados, o presidente do Senado e do STF não deram as caras no evento “patriótico”, o 7 de setembro sequestrado por Bolsonaro.
Presidente recebe ministros, parlamentares e empresários investigados pelo STF em café da manhã.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse durante café da manhã no Palácio do Alvorada neste 7 de Setembro que a “história pode se repetir”, após ter citado diversos momentos de ruptura democrática, como o golpe militar de 1964.
“Quero dizer que o brasileiro passou por momentos difíceis, a história nos mostra. 22, 35 [Intentona Comunista], 16, 18 e agora, 22. A história pode repetir. O bem sempre venceu o mal”, afirmou nesta quarta-feira (7).
“Estamos aqui porque acreditamos no nosso povo e o nosso povo acredita em Deus. Tenho certeza que com perseverança, fazendo aquilo tudo que pudermos fazer (…) continuaremos nos orgulhando do futuro que deixaremos para essa criançada que está aí”, completou.
Nesta quarta, o presidente ainda deve discursar a apoiadores em Brasília e no Rio de Janeiro.
A fala desta quarta-feira aconteceu durante café da manhã no Palácio do Alvorada, na qual Bolsonaro recebeu ministros, parlamentares, o pastor Silas Malafaia e empresários investigados pelo STF, como o dono da Havan, Luciano Hang.
Ao lado deles e da primeira-dama Michelle, o presidente escutou uma breve pregação conduzida pelo bispo JB Carvalho.
“Hoje celebram o Sete de Setembro, esse bicentenário, este dia lindo que está nascendo sobre esta nação”, disse o líder evangélico. “Estes próximos anos que vão definir, Senhor, uma agenda do céu sobre a Terra, sobre este imenso e extraordinário país.”
Não é de hoje que o presidente flerta com o golpismo ou faz declarações contrárias à democracia.
No ano passado, disse, por exemplo: “Alguns acham que eu posso fazer tudo. Se tudo tivesse que depender de mim, não seria este o regime que nós estaríamos vivendo. E apesar de tudo eu represento a democracia no Brasil”.
*Com informações da Folha