Celso Amorim: Brasil de Lula apresentou ao mundo a autoestima dos brasileiros

Celso Amorim: Brasil de Lula apresentou ao mundo a autoestima dos brasileiros

Compartilhe

Livro define em imagens de Ricardo Stuckert oito anos de política externa do governo Lula. “Testemunho desta passagem gloriosa do Brasil pelo mundo”, define ex-chanceler.

O ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim se diz orgulhoso de ser “testemunha desta passagem gloriosa do Brasil pelo mundo”. Desse modo modesto, sobre sua participação nessa “passagem” – já que foi um de seus idealizadores –, o diplomata de 80 anos, atuante no ramo há 60, classifica a inserção global do Brasil nos oito anos de governo Lula (2003-2010) como a projeção da autoestima dos brasileiros.

Celso Amorim desempenha missões no Estado brasileiro desde o final dos anos 1970. Dirigiu a Embrafilme de 1979 a 1982, ainda sob o governo de um general, quando liberou filmes indigestos para a ditadura. Colaborou com os governos de José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. Apesar da vasta experiência e dedicação, independentemente do governo de plantão, faltava um detalhe para Lula decidir quem dentre os excelentes nomes de que dispunha seria seu chanceler. Tanto o diplomata quanto o ex-presidente atestaram a história hilária ao lotado auditório Simón Bolívar do Memorial da América Latina. Nas caspas sobre os ombros do paletó de Amorim, Lula viu um igual.

O Brasil no Mundo

O ex-ministro foi uma das 15 autoridades da República durante o governo Lula a dividir o palco com o ex-chefe no lançamento do livro O Brasil no Mundo, na noite de ontem (22). Produzido pelo Instituto Lula, o livro traz imagens dos oito anos de convivência do repórter fotográfico Ricardo Stuckert com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem acompanha até hoje. A obra organizada pela editorialista Daisy Barreta, ex-assessora de Dilma Rousseff, estará disponível gratuitamente em formato digital no site do Instituto Lula.

Caneladas e botinadas

O Brasil no Mundo traz um acervo de encontros de Luiz Inácio Lula da Silva com estadistas de todos os idiomas e continentes do planeta em 747 fotografias. “Uma política externa altiva, ativa, universalista e solidária”, define o ex-chanceler, ao destacar que a diplomacia é apenas uma parte das relações internacionais. A outra parte, como explicou em seguida o próprio Lula, é feita da política. Ou seja, a diplomacia vai executar aquilo que o comando do Estado determinar.

possível que Lula guarde orgulho de sua postura de chefe de Estado na mesma conta com que combateu a fome. No palco, em fala de 50 minutos, o ex-presidente narra seus encontros com norte-americanos, iranianos, bolivianos, africanos, russos, chineses, venezuelanos como um peladeiro que acabou de sair do gramado para o boteco. Encontros no mesmo tom, diz Celso Amorim. Ou, nas palavras do ex-ministro da Educação Fernando Haddad: “Sem nunca baixar a cabeça nem nunca empinar o nariz”.

O álbum de fotografias não é a única estrela da noite de exaltação a uma era de autoestima nacional em alta. O ex-assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República Marco Aurélio Garcia, o MAG, é citado diversas vezes como um dos cérebros da política externa ativa e altiva. Assim como o diplomata Paulo César de Oliveira Campos, o POC, chefe de Cerimonial na Presidência da República entre 2003 e 2009.

*Com Rede Brasil Atual

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

%d blogueiros gostam disto: