O filho ‘é elo crucial com o círculo íntimo de Trump’ no momento em ‘o presidente de extrema-direita inicia’ campanha.
O londrino Financial Times traz no alto da home page neste domingo (imagem abaixo) uma reportagem em torno de “uma rara entrevista” do terceiro filho de Jair Bolsonaro, Eduardo, apresentado como a ponte com a extrema direita americana, diz Nelson de Sá, Folha.
“Eduardo parece amigável e cortês, mas seus comentários nem sempre são caridosos”, descreve o jornal financeiro, reproduzindo falas do deputado federal contra o Supremo.
Diz que os ministros estariam “lutando contra” seu pai ao interferir “o tempo todo” em favor de Lula. Acusa-os de ditadores. “Nas ditaduras eles fecham a imprensa, põem jornalistas na prisão, exilam pessoas, prendem presidentes de partido”, declara.
O jornal ouve de um executivo financeiro dos EUA “próximo à família”, Gerald Brant, que “ele tem um dom único para canalizar o movimento conservador americano, com um toque brasileiro”. E ouve do ex-embaixador Thomas Shannon que o deputado “olhou muito de perto o 6 de Janeiro”, a invasão do Capitólio, e tirou a lição de que Bolsonaro “precisa das Forças Armadas”. Sobre o tema, anota o FT:
“Eduardo se esquiva de perguntas sobre o que ele e seu pai podem fazer se o sistema de votação não for alterado e Jair perder a eleição. ‘Acho que eles vão melhorar [o sistema]’, diz. ‘Todo o resto é futurologia… Não sei se [nossos apoiadores] irão às ruas’.”