A jornalista Helena Chagas criticou a decisão da Polícia Civil do Paraná, que concluiu que o assassinato de militante petista Marcelo Arruda pelo policial bolsonarista Jorge Guaranho, em Foz do Iguaçu, “não teve motivação política”. “Pelo menos o inquérito [da polícia] foi político”, afirmou.
Ela ainda destacou a rapidez na qual foi feita a investigação pela polícia do Paraná. “Estamos cansados de ver como demoram os inquéritos demoram, em menos de uma semana a Polícia Civil do Paraná fez o inquérito, concluiu e anunciou essa conclusão de que não houve crime político”, sem nem mesmo ouvir o assassino – que ainda está no hospital.
De acordo com a jornalista, a investigação da polícia sobre o caso é “fora de todos os padrões de inquéritos e investigações policiais que a gente tem visto em todos os lugares e estados do Brasil”.
Por isso, Chagas defendeu a federalização do caso, isto é, passá-lo para a Polícia Federal, pelo fato de “ser um crime político”, o que foi rejeitado pelo procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras. “Quem agiu até agora foi a polícia do Paraná, cuja a primeira delegada do caso teve que ser retirada porque era notoriamente antipetista”, lembrou ainda.
A conclusão da polícia do Paraná foi comemorada por bolsonaristas e repudiada por juristas e democratas.
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