Nesta terça (12), às 15h, dirigentes dos partidos da coligação Lula-Alckmin (PT, PSB, PCdoB, PSOL, PV, Solidariedade e Rede) têm audiência com o procurador-geral da República, Augusto Aras, na sede da PGR em Brasília, segundo o Viomundo.
Os partidos vão protocolar petição para que a PGR proponha a federalização das investigações sobre o assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu (PR).
Já na quarta-feira (13), às 15h, os dirigentes dos partidos da coligação Lula-Alckmin (PT, PSB, PCdoB, PSOL, PV, Solidariedade e Rede) têm audiência com o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandres de Moraes, próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral.
Os partidos vão fazer a entrega de um Memorial sobre a Violência Política contra a Oposição no Brasil e solicitar iniciativas do TSE para garantir eleições pacíficas, sem violência.
A violência do bolsonarismo é contra a democracia: o Brasil precisa de paz
Leia a nota sobre o assassinato do líder petista Marcelo Arruda emitida pelos partidos que compõem o movimento Vamos Juntos Pelo Brasil: PCdoB, PSB, PSOL, PT, PV, Rede, Solidariedade
Nota do PT
O assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda por um fanático bolsonarista, neste fim de semana em Foz do Iguaçu, é o mais recente e trágico episódio de uma escalda de violência política em nosso país, criminosamente estimulada pelas atitudes e pelo discurso de ódio do atual presidente da República contra todos que dele divergem ou lhe fazem oposição.
Desde a execução a tiros de Marielle e Anderson, em março de 2018, agentes da extrema-direita, milicianos e terroristas vêm cometendo uma série de violências praticamente impunes: os tiros contra a caravana de Lula no Sul, o assassinato por bolsonaristas do mestre capoeirista Moa do Katendê, na Bahia, e do idoso Antônio Carlos Furtado, em Santa Catarina.
Nos últimos 30 dias, extremistas de direita usaram um drone para lançar veneno agrícola sobre o público de um ato político do ex-presidente Lula, em Uberlândia, e lançaram uma bomba contra o público em outro ato no Rio de Janeiro.
Também foram alvos de violência o juiz federal que havia determinado a prisão de um ex-ministro do governo Bolsonaro e a redação do jornal Folha de S. Paulo, alvejada por um tiro.
Diante dessa escalada, os partidos que compõem o Movimento Juntos Pelo Brasil vão apresentar ao Tribunal Superior Eleitoral um Memorial da Violência Política contra a Oposição no Brasil.
Entendemos que cabe ao TSE, bem como ao Supremo Tribunal Federal e às autoridades responsáveis pela segurança pública tomar iniciativas que garantam eleições livres e pacíficas, coibindo agressões e violência, como as que o bolsonarismo vem praticando.
O assassinato de Marcelo é um crime político, contra a liberdade de opinião e os direitos humanos, e como tal deve ser tratado – desde a investigação até o julgamento final.
Por esta razão, estamos nomeando um assistente de acusação para atuar em apoio à família e peticionando à Procuradoria-Geral da República para se manifestar junto ao Superior Tribunal de Justiça pela federalização das investigações.
A violência política é inimiga da democracia, dos direitos humanos, da liberdade de expressão e de organização. No Brasil, os incentivadores e agentes do ódio são conhecidos e respondem a um chefe que tem nome e sobrenome: Jair Messias Bolsonaro.
É diante de sua escalada autoritária e violenta que a sociedade brasileira e as instituições devem se manifestar com toda firmeza, em defesa do Brasil e da democracia.
Mais do que nunca, o Brasil precisa de paz.
Movimento Vamos Juntos pelo Brasil – PCdoB, PSB, PSOL, PT, PV, Rede, Solidariedade