Lula diz que não vai se intimidar e pretende fazer grandes atos de rua

Lula diz que não vai se intimidar e pretende fazer grandes atos de rua

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Ex-presidente se reuniu com seu conselho político e um dos tópicos do encontro foi o assassinato do petista Marcelo Arruda pelo bolsonarista Jorge José Guaranho.

Na manhã desta segunda-feira (11), um dia após o petista Marcelo Arruda, de Foz do Iguaçu (PR), ser assassinado a tiros pelo bolsonarista Jorge José Guaracho, o ex-presidente Lula (PT) se reuniu com integrantes do conselho político de sua pré-campanha à presidência em São Paulo e a violência política foi um dos tópicos do encontro, diz a Forum.

A reunião contou com a presença integrantes dos 7 partidos que estão na aliança em torno de Lula (PT, PSB, PSOL, Rede, PV, PC do B e Solidariedade), além de representantes de centrais sindicais e movimentos sociais. Logo no início, a presidenta nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffman (PR), associou o assassinato de Arruda ao incentivo à violência contra opositores feito reiteradamente por Jair Bolsonaro (PL) e prestou uma homenagem ao petista, pedindo um minuto de silêncio aos presentes.

“Quero dedicar essa reunião à memória do Marcelo Arruda, nosso companheiro que foi assassinado num crime absurdo, que a gente ficou sem entender até agora, como uma pessoa se dispõe a matar por diferenças políticas. Mas entendemos que isso está num contexto que está vindo no Brasil nos últimos anos no sentido de colocar o ódio como instrumento da política. E temos que nos posicionar firmemente contra isso, combater e trazer a política ao seu leito natural das discussão das ideias, e não da eliminação de adversários. Infelizmente temos no Brasil um movimento que prega isso e que é sustentado pelo presidente da República atual, que por suas posturas, gestos e palavras incentiva diretamente isso”, disse a dirigente.

A reunião já estava marcada antes do assassinato de Arruda e tinha como objetivo debater os próximos passos da pré-campanha de Lula.

Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP), que esteve no encontro, relatou que há preocupação por parte da pré-campanha do ex-presidente com a escalada de violência, que boa parte das intervenções foi no sentido de que a militância não pode se intimidar com os atos de violência praticados por bolsonaristas.

Segundo Bonfim, Lula falou, “reiteradas vezes”, sobre a importância de construir grandes atos de rua. “Ele está à fim de ir para a rua, de construir grandes mobilizações. Foi um pouco este o tom”, declarou o coordenador da CMP.

“Várias pessoas falaram que a gente precisa fazer uma forte denúncia dessa violência política, não só a pré-campanha do presidente Lula, mas toda a sociedade civil fazer uma forte denúncia, uma apelo pela paz, pela tranquilidade das eleições, e passar uma mensagem para militância não se intimidar com esses atos de violência”, prosseguiu Bonfim.

“Quanto mais mobilização na rua, quanto mais gente, melhor para a gente se sentir fortalecido. A gente lamenta, mas estamos denunciando que este infelizmente não é um ato isolado, vamos lembrar que já teve violência contra a caravana do Lula no próprio estado do Paraná, entre outros casos. A orientação é a gente tomar cuidado, não cair nas provocações, mas ao mesmo tempo não se intimidar. Muita calma, muita serenidade, mas sem se intimidar”, pontuou Bonfim.

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