Não existe nada pior país do que um vassalo na presidência de uma instituição, e Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, é um.
Bolsonaro exige que, no seu sistema feudal, seus súditos façam a ele juramento de fé e de fidelidade. E aqui não se fala no sentido figurado. Não é de hoje que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, submete-se às ordens de Bolsonaro, o senhor feudal do Planalto Central.
Ou seja, além da Câmara com Lira e os motivos sabidos por todos, o Senado está subordinado a Bolsonaro, numa submissão vassala que, simplesmente, faz com que a instituição Senado inexista.
Ninguém cumpre melhor esse papel de ausente, limpinho e cheiroso, sem glúten e lactose, do que Pacheco.
Trocando em miúdos, ele é absolutamente engolido pelo mandatário do feudo, sem dar qualquer trabalho ao estômago do seu Senhor.
Sejamos francos, ninguém esperava nada diferente de um sujeito nulo, conveniente e adesista como Rodrigo Pacheco na direção do Senado. Não se pode afirmar que ele é um chuchu que, certamente, tem mais nutrientes do que esse nulo que detém um dos poderes da República.
O Senado hoje é um pilar manco e o papel de pizzaiolo na CPI do MEC, mostra duas coisas, Pacheco é um vassalo e o MEC é um antro de corrupção diretamente interconectado com o gabinete presidencial.
Novidade? Zero. Bolsonaro já havia imposto sigilo de cem anos nas suas reuniões com a falange de pastores vigaristas, também conhecida como, charlatães evangélicos lobistas.
O papel de Pacheco nem original é, ele é apenas uma amostra do que dissemos anteriormente sobre a crise institucional que se abateu no país desde o golpe em Dilma, que aconteceu para servir aos interesses dos poderosos, sobretudo do sistema financeiro que empurrou o Brasil para o inferno econômico e social que não se tem ideia de como, quanto e quando isso vai acabar. Mais que isso, se até 31 de dezembro, ou mesmo se com a derrota de Bolsonaro, o Brasil vai aguentar.
O fato é que esse nulo que preside o Senado só sublinha o tamanho e a profundidade da crise institucional que o país vive depois do golpe e que se agravou enormemente com a chegada da milícia feudal ao poder.
O Brasil hoje vive o clássico do absurdo em termos de institucionalidade e ilegalidade.
Não é sem motivos que Bolsonaro, com sua PEC da compra de votos, faz o que faz às vésperas da eleição e não é importunado pela justiça, seja ela comum ou eleitoral.