A primeira-ministra da França, Élisabeth Borne, afirmou nesta quarta-feira (6) que o presidente, Emmanuel Macron, lhe passou a missão de estatizar completamente o setor de energia do país.
O objetivo, anunciou Borne, é abandonar os combustíveis fósseis, como gasolina e diesel, migrando para uma matriz energética ecológica e sustentável. “Queremos ser a primeira grande nação a sair dos combustíveis fósseis”, disse a primeira-ministra, segundo o jornal francês Le Figaro, falando em “uma ecologia do progresso”.
“A conversão ecológica passa pela energia nuclear, uma energia livre de carbono e soberana”, acrescentou, assegurando que o setor energético deve estar sob o controle estratégico do Estado, sendo “100% renacionalizado”.
Enquanto isso, no Brasil…
Enquanto a França discute a estatização do setor produtivo de energia, o Brasil, sob o governo Jair Bolsonaro (PL), segue a tendência contrária, de entregar à iniciativa privada áreas estratégicas para o país.
Em junho, Bolsonaro obteve êxito na venda da Eletrobras, por R$ 33,7 bilhões. A entrega da empresa resultará no encarecimento da energia para os brasileiros para garantir o retorno aos acionistas privados, que já são bilionários, como Jorge Paulo Lemann, por exemplo, um dos maiores acionistas da Eletrobras.
Outro desejo de Bolsonaro é privatizar a Petrobras, mas ele mesmo reconhece que “dificilmente vai para frente isso”.
*Com informações do 247