Petrobras recua com petróleo abaixo de US$ 100 e aprofunda queda da Bolsa.
Diversos indicadores do mercado financeiro reforçavam nesta quarta-feira (6) a preocupação de investidores quanto à possibilidade de um recessão da economia mundial.
O dólar estendia seus ganhos contra a moeda brasileira para uma quinta sessão consecutiva, negociado em alta de 0,94%, a R$ 5,4380. Caso permaneça assim ao final do pregão, a cotação será a maior desde 26 de janeiro.
“A alta do dólar é global e o motivo ainda é o mesmo [dos últimos dias]: o cenário de cautela generalizada em meio ao crescente risco de recessão”, comentou Fernanda Consorte, economista-chefe do Banco Ourinvest.
Além da alta da divisa americana e das quedas das principais bolsas, o preço de referência do barril do petróleo bruto era negociado abaixo de US$ 100 (R$ 555), patamar ao qual a commodity não é rebaixada na sua cotação de fechamento desde 11 de abril.
Às 12h35, o barril do petróleo Brent recuava 3,80%, a US$ 98,86 (R$ 548,42). No Brasil, a queda da matéria-prima provocava uma baixa de 3,25% nas ações mais negociadas da Petrobras. Com isso, o índice de referência da Bolsa de Valores, o Ibovespa, caía 0,70%, a 97.702 pontos.
O foco de investidores nesta dia deve ficar sobre a divulgação, às 15h (de Brasília), da ata do último encontro de política monetária do banco central dos Estados Unidos, o Fed (Federal Reserve).
O mercado espera que o documento aponte pistas sobre o quão agressiva a autoridade monetária será ao dar continuidade na elevação da sua taxa de juros.
Uma postura mais dura do Fed no aperto ao crédito, necessário para frear a maior inflação em 40 anos no país, poderá ampliar a percepção sobre o risco de forte desaceleração econômica global.
*Com informações da Folha