Humor do eleitorado e contexto social apontam consolidação de embate entre Lula e Bolsonaro e, portanto, de difícil reversão.
Outros prazos reforçam o diagnóstico de que é remota a chance de surgirem novos favoritos, assim como lançam dúvidas sobre as condições de recuperação de Bolsonaro e a capacidade de Lula de administrar sua vantagem.
A comparação com corridas presidenciais anteriores torna a disputa deste ano singular sob muitos ângulos, mas reitera a lembrança de um risco constante: a hipótese do inesperado e até mesmo do excepcional —como a facada sofrida por Bolsonaro em 2018.
“Levando em conta apenas os elementos normais de análise de conjuntura, é difícil imaginar alguma mudança no cenário”, diz a cientista política Carolina de Paula. “Só se considerarmos eventos externos, como facadas e similares”, segue ela, ligada à Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).
Mesmo com a adversidade imposta pela muralha da soma de 75% de intenções de voto em Lula (47%) e Bolsonaro (28%), presidenciáveis como Ciro Gomes (PDT, 8%), André Janones (Avante, 2%) e Simone Tebet (MDB, 1%) se mantêm esperançosos de que até 2 de outubro há uma longa estrada e, portanto, toda cautela é o que convém.
*Com informações da Folha