A candidatura de Tarcísio de Freitas ao governo de São Paulo está com os dois pés emperrados, para ser mais explícito, estacados. Para ser ainda mais claro, está bolsonarado. E, se continuar na disputa, sua candidatura nem conservará a pontuação que mostram as pesquisas, a tendência será de queda.
Na verdade, a não confessada desistência de Datena, por estar no partido de Bolsonaro, é um claro sinal de que o “mito” virou um encosto.
Na realidade, para ser justo com a história, no último pleito para prefeitos, todos os candidatos que Bolsonaro botou a mão na cabeça, desabaram de podre. Ele perdeu em todas as cidades em que se meteu a apoiar.
Sua própria candidatura à reeleição segue empacada, sem fazer qualquer movimento, mínimo que seja. Agora, tenta azeitar sua rejeição cometendo claro crime eleitoral de utilização de bilionária verba pública, na tentativa de comprar votos.
O fato é que, no seco, a população não engole Bolsonaro e acompanha atentamente o movimento dos preços do mercado, porque não tem outra forma de mensurar a tragédia desse governo que sente no próprio calo, justamente porque Bolsonaro não só ignorou os pobres, mas fez questão de massacrá-los para dar uma de Robin Hood às avessas, deixando os milionários ainda mais ricos nas costas da imensa maior parte da população.
Por isso, São Paulo, que hoje amarga o título de capital com o maior número de pessoas em situação de rua, devolve a Bolsonaro a expressão mais clara de um governo que fez de tudo para pisar no pescoço dos desvalidos e fazer degraus políticos no meio dos muito ricos, transformando-se num encosto eleitoral concentrado e ativo.