CPI do MEC está assustando muito mais gente do governo além de Bolsonaro

CPI do MEC está assustando muito mais gente do governo além de Bolsonaro

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Até o mundo mineral sabe que os protetores de Bolsonaro, como Ciro Nogueira que, hoje, é uma espécie de Primeiro Ministro no governo em que Bolsonaro é uma mera rainha da Inglaterra, é quem manda no cafofo do Planalto.

O “mito” vive atazanado com o extrato de denúncias de corrupção dele e de seu clã.

Assim, qualquer tiro dado no governo Bolsonaro atravessa a porta do gabinete do inútil e acerta Ciro Nogueira, afinal, o MEC, pelo menos na parte operacional, é tocado sob os olhares e ordens do Primeiro Ministro.

Bolsonaro fica somente com a parte da interlocução com os pastores lobistas, mais conhecidos como os pastores barras de ouro. Também por isso a CPI seria um veneno jogado na caixa d’água central desse governo e atingiria muita gente por osmose, além de Bolsonaro.

No caso específico de Ciro Nogueira, a cobra deve fumar no FNDE, comandado pelo “ex-chefe da Casa Civil”, que tem um orçamento de R$ 60 bilhões.

Randolfe Rodrigues já conseguiu 27 assinaturas para abertura da CPI, mas ele quer chegar a 30.

Fernando Bezerra, ex-líder do governo no Senado, está com a caneta na mão pronto para assinar a dita cuja e apoiar a investigação. Na mesma posição está Oto Alencar, mas tem também o senador zig zag, Marcelo Castro, por exemplo, que chegou a assinar, mas depois retirou o chamegão e pode voltar a apoiar a CPI.

Ciro Nogueira anda atarantado ligando para Deus e o mundo para tentar impedir a abertura da CPI do MEC, prometendo mundos, mas sobretudo, fundos e espaço no governo para não ser “usado” pela oposição.

O problema é que a PGU já encontrou diversos indícios de fraude em contratações e processos licitatórios do MEC, como carteiras escolares. A suspeita é de que o pregão sapecou no sobrepreço de uma bagatela de R$ 1,6 bilhão.

Outra auditoria identificou prejuízo aos cofres públicos de R$ 90 milhões no FNDE com a UNB para elaboração de relatório sobre covid-19. O caso envolve a diretoria de tecnologia e inovação, ocupada por Paulo Roberto Aragão Ramalho, indicado por ninguém menos que o cacique do PL, Valdemar da Costa Neto.

Ou seja, não só Bolsonaro, mas ninguém do alto comando desse governo dorme com um barulho desse.

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