Pastor ligado a Bolsonaro e ex-MEC estiveram por 10 vezes no mesmo hotel, mostra PF

Pastor ligado a Bolsonaro e ex-MEC estiveram por 10 vezes no mesmo hotel, mostra PF

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Investigações mostram 64 hospedagens de pastores no local, usado por eles como QG para negociações de verbas com prefeitos.

A Polícia Federal confirmou 63 hospedagens do pastor Arilton Moura e uma do pastor Gilmar Santos em um hotel de Brasília usado por eles como QG para negociações de verbas federais com prefeitos.

Em dez dessas vezes, Arilton se hospedou nas mesmas datas em que Luciano de Freitas Musse, ex-assessor do MEC (Ministério da Educação), também estava no local.

Como a Folha revelou em março, os pastores —próximos do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-ministro Milton Ribeiro— usavam o hotel Grand Bittar para receber prefeitos e assessores e negociar liberação de recursos do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). Eles nunca tiveram cargo no governo.

A reportagem indicou que funcionários do MEC também circulavam com grande frequência no local, no setor hoteleiro Sul da capital federal. O que também foi confirmado pela PF.

Ribeiro foi preso na quarta (22) e solto no dia seguinte por decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. As investigações de um balcão de negócios no MEC miram também Gilmar Santos, Arilton Moura, Luciano de Freitas Musse e Helder Bartolomeu, genro de Arilton.

Há suspeita de interferência de Bolsonaro na investigação. Sua defesa nega.

A presença mais recorrente no hotel era a de Arilton Moura. Ele se hospedou 10 vezes em 2020, outras 38 em 2021 e, neste ano, esteve em 10 oportunidades no local.

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