O núcleo político da campanha à reeleição de Jair Bolsonaro montou uma “operação de guerra” na manhã desta quarta-feira (22) para tentar blindar o presidente Jair Bolsonaro do caso que levou à prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro por participar de um esquema de corrupção e tráfico de influência, segundo Malu Gaspar, O Globo.
A estratégia, elaborada pelo comitê da campanha do presidente já nas primeiras horas de hoje, foi a de cortar o quanto antes o cordão umbilical de Milton Ribeiro com o governo.
A mudança de narrativa foi colocada em prática na entrevista concedida por Bolsonaro à Rádio Itatiaia: “Se tem algum problema, a PF está agindo. Está investigando. É um sinal que eu não interfiro na PF. Se alguém faz algo de errado, pô, vai botar a culpa em mim?”
A orientação foi a de que o presidente fosse para a rádio, se descolasse do ex-ministro e tentasse assumir a dianteira da narrativa, para “matar no peito” o estrago pelo escândalo.
Foi a primeira vez que o marketing da campanha entrou em ação para gerenciar uma crise nesse período pré-eleitoral.
“Não se sabe o que vai ser revelado ainda”, afirmou uma fonte que acompanha de perto as discussões. A preocupação ganha contornos ainda maiores porque Ribeiro é próximo da primeira-dama Michelle Bolsonaro e do ministro do Supremo André Mendonça.
A orientação foi a de que o presidente fosse para a rádio, se descolasse do ex-ministro e tentasse assumir a dianteira da narrativa, para “matar no peito” o estrago pelo escândalo.
Foi a primeira vez que o marketing da campanha entrou em ação para gerenciar uma crise nesse período pré-eleitoral.
Favorito para ser companheiro de chapa de Bolsonaro, o ex-ministro Braga Netto participou ativamente das discussões internas, assim como o marqueteiro Duda Lima.
A estratégia, porém, não é livre de riscos. Um dos temores de aliados de Bolsonaro é que o escândalo leve a desdobramentos inesperados, com o surgimento de mais grampos comprometedores de Milton conversando com pastores, o que poderia manchar ainda mais a gestão do governo no MEC.
“Não se sabe o que vai ser revelado ainda”, afirmou uma fonte que acompanha de perto as discussões. A preocupação ganha contornos ainda maiores porque Ribeiro é próximo da primeira-dama Michelle Bolsonaro e do ministro do Supremo André Mendonça.