O líder do PT na Câmara, deputado federal Reginaldo Lopes (MG), apresentou uma notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) após a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. O pedido de investigação da conduta do chefe do Executivo federal foi encaminhado ao presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luiz Fux, com pedido para intimação da PGR (Procuradoria-Geral da República).
O parlamentar pede que seja apurada a “coautoria” e/ou “participação” de Bolsonaro em conjunto com o ex-ministro no caso que culminou com a prisão dele. Isso porque, ressalta o deputado, no áudio obtido pela Folha de S.Paulo, o ex-ministro diz que o envolvimento dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura no MEC foi um pedido de Bolsonaro. No dia seguinte, Ribeiro tentou isentar o presidente.
“Por fim, é importante afirmar que a vinculação do Presidente da República com grupo criminoso antecede a posse do ex-ministro da Educação, na medida em que os Pastores presos e outros, já mantinham uma frequência de encontros com a Primeira Dama Michelle Bolsonaro e visitavam com regularidade o Palácio do Planalto, de modo que a organização delituosa estava sendo estruturada e em atuação há bastante tempo”, explica o deputado Reginaldo Lopes no ofício.
Milton Ribeiro foi preso pela Polícia Federal por suspeita de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos no MEC (Ministério da Educação). A PF cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços de Ribeiro e dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos.
A PF identificou indícios de crimes na liberação de verbas do fundo com base em documentos, depoimentos e um relatório do CGU (Controladoria-Geral da União) — há três semanas, um novo documento do CGU apontou sobrepreço em edital do FNDE.
*Com Uol