Fernando Borges, que está na diretoria de Exploração e Produção, foi nomeado presidente da estatal interinamente.
Logo após informar a renúncia de José Mauro Coelho da presidência da Petrobras, a companhia informou em outro comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que o presidente do Conselho de Administração, Márcio Weber, nomeou como presidente interino da companhia Fernando Borges, que hoje é diretor-executivo de Exploração e Produção.
A nomeação ocorre com base no artigo 4 do art. 27 de seu Estatuto Social, “até a eleição e posse de novo Presidente nos termos do art. 20 do Estatuto Social.”
Mais cedo, fontes do governo indicavam que Caio Paes de Andrade assumiria interinamente a presidência da companhia e que, depois de ter seus documentos analisados pelo Comitê de Pessoas, seria efetivado no cargo em poucos dias.
Após terem as negociações suspensas duas vezes durante o pregão, os papéis da Petrobras operavam com volatilidade. Por volta de 12h20, as ações ordinárias (PETR3, com direito a voto) cediam 0,07%, negociados a R$ 29,91 e as preferenciais (PETR4, sem direito a voto), 0,15%, cotadas a R$ 27,25.
Análise de documentos
A análise dos documentos foi iniciada, mas ainda não foi finalizada. Os conselheiros chegaram a discutir internamente uma brecha para que que Paes de Andrade pudesse ser eleito de forma interina sem o aval da assembleia de acionistas, mas optou-se pela nomeação de um dos diretores da empresa.
A nomeação de Borges é vista como uma solução temporária porque o estatuto exige que algum nome seja indicado à presidência quando o cargo fica vago. Paes de Andrade assumiria num segundo momento.
Segundo a colunista Malu Gaspar, porém, o executivo não preenche os critérios estabelecidos pela Lei das Estatais para ocupar a presidência da Petrobras.