Em seu artigo publicado ontem na ‘Folha de S. Paulo’ (“Chegou a hora de tirar a máscara da Petrobras”), descendo a borduna na direção da estatal, Arthur Lira escreveu que a “presidência (da estatal foi) sequestrada por um presidente ilegítimo, que não representa o acionista majoritário”. Beleza.
Detalhe, um presidente que Bolsonaro colocou na Petrobras. Bolsonaro, o mesmo a quem Arthur Lira deve obediência.
Mas convenientemente varreu para baixo do tapete as trapalhadas que o governo fez no processo de substituição de José Mauro Coelho por Caio Paes de Andrade, erros que só tornaram ainda mais lento o processo de sucessão.
Eis alguns:
*Mandou para o conselho a indicação de Paes de Andrade sem os nomes dos demais conselheiros.
*Ignorou que publicara uma lei que invertia o processo de admissão de conselheiros.
*Só fechou uma lista completa de conselheiros há pouco mais de uma semana.
Ou seja, se houve “sequestro”, foi com alguma colaboração do governo.
*Com informações de Lauro Jardim/O Globo