Bolsonaro vai desde uma suposta ordem globalista em que milionários são transformados em comunistas, até os supostos guerrilheiros que estão na espreita para atacar a democracia brasileira.
Ou seja, tem que se criar, cuidadosamente, um inimigo por dia. Come-se o pão de hoje, amassando o de amanhã, criando uma nova perna para a caminhada de fantasias até a eleição em outubro.
Tanto isso é verdade que, enquanto mantém uma crise transitória com o STF, Bolsonaro não se esquece dos índios e já os coloca na rinha como braço da esquerda, avisando que não vai deixar de atazaná-los ,com suas costumeiras molecagens, se perder a queda de braço no STF na questão do marco temporal indígena.
Trocando em miúdos, até que o satã afunde no seu próprio inferno, seguido pela alcateia de diabos menores que têm origem na mesma treva, a ordem é utilizar a rotação da terra, que produz a noite, para criar o medo, gerando inimigos sobrenaturais.
O engraçado é que o filho das sombras que arrasta consigo todo o mal, insiste em fazer apoteose de supostos lobisomens e fantasmas para se diluírem na primeira leva e começar novamente, enquanto sua campanha segue no fundo do poço.
Até outubro, Bolsonaro criará tocas profundas aonde não penetra luz, para acusar duendes e gnomos de conspirarem contra o Brasil. Almas penadas sairão das tumbas para manipular as urnas eletrônicas, todas de carapuça vermelha, é lógico.
Hoje, Bolsonaro utilizou uma frase clássica do fascismo, “Deus, pátria, família”.
O pobre animal apareceu varado, murcho, com a cabeça pendida e suando, vendo sua reeleição a léguas de distância de tantos malefícios que causou ao país. Lógico, sempre carrega com ele um rosário de capim no pescoço, considerado bento pelo gado, mas Bolsonaro tem horror à pesadíssima ideia de falar do que mais se ouve nas ruas, a carestia dos alimentos, a inflação galopante, a precarização dos trabalhadores e a falta de emprego, tudo por conta de um governo que jamais saiu do improviso.
Foi assim que a alcatra da era Lula, virou osso nas mãos de Bolsonaro. O Brasil se desmanchou e, como de hábito, os covardes que introduziram a catástrofe, recusam-se a falar sobre tal realidade, até porque Bolsonaro sempre se divertiu com a miséria do povo, mais que isso, está feliz com as mansões de Flávio e Renan Bolsonaro que viraram uma espécie de conduíte que liga o ralo dos ratos com o trono do Palácio do Planalto.
Seja como for, a cachorrada terá que uivar, a cada dia, de forma lamentosa, a perseguição de um novo inimigo da nação que estarrece e assombra os imbecis de plantão.