O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta quinta-feira (31) que irá mesmo se candidatar à Presidência da República. Ele havia dito ao seu vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB), na noite de ontem, que não renunciaria mais ao cargo e desistiria da pré-candidatura presidencial. No entanto, hoje, “desistiu de desistir” ao receber um gesto de apoio do seu partido, o PSDB. A informação é do blog da Andréia Sadi, no G1.
A decisão de Doria foi tomada após uma reunião com tucanos no Palácio dos Bandeirantes, onde foi pressionado por aliados. A sigla pretende lançar Rodrigo Garcia ao governo de São Paulo e a permanência do governador atrapalharia esses planos.
De acordo com Andréia Sadi, ele estava a procura de um gesto de apoio do PSDB, já que percebeu, nas últimas semanas, um movimento para alçar o derrotado nas prévias tucanas, governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite, ao posto de pré-candidato presidencial do partido. Doria classificou a movimentação como “golpe”, já que ele venceu as prévias, em novembro de 2021. Ao receber o gesto, João Doria bateu o martelo que será candidato ao Palácio do Planalto.
PSDB divulgou nota em apoio à candidatura presidencial de Doria
Após o governador de São Paulo ameaçar continuar no cargo e, com isso, desistir da corrida presidencial, o presidente do PSDB, Bruno Araújo, divulgou uma nota reafirmando que João Doria é o nome do partido na disputa pelo Planalto em 2022.
Esse era um dos objetivos da manobra de Doria. Ele e seus aliados estavam percebendo que havia um grupo no partido que queria sagrar o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), como candidato presidencial do partido. Esse grupo, segundo eles, estava esperando João Doria deixar o seu cargo para iniciar formalmente a movimentação. Dessa forma, deixariam Doria sem mandato e sem candidatura.
*Por DCM