Bolsonarista radical e integrante do “gabinete paralelo” da cloroquina é o maior acionista da fornecedora de quitutes finos que alimentam o mandatário extremista em seus voos.
Após ser revelado que o avião presidencial foi abastecido com quitutes e tira-gostos para Jair Bolsonaro que custaram R$ 2,6 milhões desde que assumiu a chefia do Palácio do Planalto, agora vem à tona quem foi o beneficiado com o rechonchudo contrato, firmado ainda na gestão de Michel Temer, mas prorrogado várias vezes pelo atual governo: A IMC – International Meal Company Alimentação – que tem como principal acionista o megaempresário Carlos Wizard.
Wizard é um devoto bolsonarista radical que fazia parte do sinistro “gabinete paralelo” durante o auge da pandemia, uma organização não oficial que ditava políticas públicas esdrúxulas de combate ao coronavírus e que foi responsável pela disseminação da cloroquina. Ele tem 15% de participação societária na IMC e é seu maior acionista.
O escândalo dos petiscos estourou nesta sexta-feira (18) depois que o deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) divulgou um levantamento realizado com base nos dados do Portal da Transparência. Entre os quitutes disponíveis para o presidente e seus acompanhantes no avião da Força Aérea Brasileira estão refeições prontas (café da manhã, almoço e jantar), bebidas não alcóolicas, lanches (salgados e sanduíches), petiscos (castanhas, barras de cereais e frios), frutas, doces e gelo.
“O presidente diz que é simples, como macarrão instantâneo e leite condensado, mas a realidade é outra. É dinheiro público pagando a conta dos luxos do Bolsonaro em plena crise. É vergonhoso. Esse tipo de serviço não é pago com o cartão corporativo, uma vez que a empresa mantém relação contratual por meio de licitação realizada pela presidência”, declarou Elias Vaz.
Segundo o levantamento feito pelo deputado Elias Vaz, em 2019 foram gastos R$ 851.159,36, em 2020 R$ 656.117,38 e em 2021, R$ 889.5883,37. Este ano a presidência já gastou R$ 202.836,37.
*Com Forum