“Pare a guerra. Não acredite em propaganda. Eles estão mentindo para você aqui”, eram as palavras em russos transmitidas ao vivo em poucos segundos, pois em instantes a imagem foi tirada do ar. O telejornal onde aconteceu o inusitado é considerado uma das maiores fontes de informação da população russa, e que segue uma linha editorial baseado nos ideais do Kremlin.
Em nota o Channel One informou a agência de notícias Tass que estavam em revisão interna após o ação inesperada. Antes da manifestação a editora deixou vídeos onde criticava a postura de Putin e pedia desculpa pela forma em que estava trabalhando. Ela foi leva para a delegacia e recebeu apoio de ativistas, os quais providenciaram advogados para a mesma.
“O que está acontecendo na Ucrânia é um crime, e a Rússia é o agressor. A responsabilidade por essa agressão é de um homem: Vladimir Putin. Meu pai é ucraniano, minha mãe é russa, e eles nunca foram inimigos. Este colar [mostra] a Rússia deve parar esta guerra fratricida’, disse ela em conteúdo compartilhado pelo chefe da sucursal de moscou, max seddon.
Confira o vídeo:
Jornalista russa exibe cartaz na tv estatal com mensagem contra a guerra na Ucrânia.
Posteriormente, Marina Ovsyannikova gravou um vídeo em que disse sentir vergonha de mentir para a população russa em seu trabalho.
Assista
Legendas: @SamPancher pic.twitter.com/3ECoMKaErW
— Metrópoles (@Metropoles) March 14, 2022
Jornalista Marina e a situação das manifestações na Rússia
Conhecido por ter uma politica bastante restritiva em inúmeros aspectos, a Rússia tem buscado limitar as manifestações contra a guerra que acontece no país. No último domingo (13), uma mulher foi presa na cidade de Nizhny Novgorod após sair nas ruas com um cartaz em branco em pedido pela paz.
Em outras cidades do país a cena tem se repetido na medida em que as manifestações tem ganhado maior aderência pela população. Recentemente a ativista Anastasia Nikolaeva foi presa na cidade de Rostov-on-Don, no sul da Rússia. A justificativa para as prisões geralmente tem sido a de desobediência a policia.
*Por DCM