Enquanto a guerra se prolonga, na Ucrânia, a era de incertezas e dúvidas no mercado financeiro também caminha para o médio e longo prazos. Como o principal impacto está nas commodities, principalmente trigo, potássio e petróleo, a exigência de medidas extraordinárias passa a ser uma realidade. E qual medida extraordinário Bolsonaro vai tomar?
Obviamente, a resposta deveria ser, o controle do preço dos combustíveis através da Petrobras, mas, não. O que Paulo Guedes propõe é isenção de impostos e subsídio dos combustíveis.
Na prática, o que Guedes quer é que o povo abra mão de arrecadação de impostos para que o consumo se mantenha elevado e haja controle da inflação. Mas, quando entra a contribuição no sacrifício com a guerra, por parte dos mega investidores e banqueiros? Em nenhum lugar.
Guedes quer que o povo pague a conta para que a Petrobras, que é estatal, continue distribuindo R$ 100 bilhões em lucros e dividendos. Não é de esperar o contrário, o ministro, chamado de Posto Ipiranga, não deve ter esse apelido por acaso, já que é e sempre será um desses mega-investidores e especuladores do mercado financeiro.
Só pra ressaltar, o que está no solo brasileiro pertence a alguém, o povo. Portanto, não é algo que está lá sem dono. Mas, talvez, se fizer arminha no posto de gasolina, talvez no posto Ipiranga, o preço do combustível fique mais barato. Ou não.