O projeto que Bolsonaro quer desenterrar e que estava engavetado no congresso, trata da liberação completa da exploração de minérios em terras indígenas especialmente na Amazônia.
Segundo delegados de proteção ambiental, o que o governo defende vai acabar favorecendo garimpeiros ilegais de ouro, tornando terras indígenas uma verdadeira terra de ninguém.
Na outra ponta, os estudos sobre o potássio presente em solo amazônico apontam para a presença do mineral entre 1 e 10 km de profundidade. Portanto, absolutamente inviável para a exploração em curto, ou médio prazos.
Ainda, vale ressaltar que há potássio disponível em quase todos os estados do país, inclusive e especialmente, em Minas Gerais, estado que já lida corriqueiramente com a mineração.
Portanto, não há qualquer motivo justo para devastar a Amazônia e supliciar os indígenas para obter potássio que só estará acessível em no mínimo dez anos. O que se vê é uma empreitada de razões pessoais, já que o pai de Bolsonaro era ligado ao garimpo e todas as ações de Bolsonaro, nesse sentido, sempre foi de atacar quem é, na mentalidade do presidente, o inimigo de sua origem, os indígenas e os povos da mata.
Trata-se apenas de um “passar a boiada”.