Terminou há pouco, mais uma rodada de negociações entre representantes russos e ucranianos, na busca de um sessar-fogo permanente.
Até aqui, um único avanço foi alcançado, os corredores humanitários que passaram a ser respeitados pelos dois lados.
Já a busca pelo fim da guerra parece emperrada em exigências absolutamente inalcançáveis.
Enquanto a Ucrânia exige a retirada das tropas russas sem qualquer condição inicial, para enfim negociar as condições da Rússia, os representantes do Cremlim pedem a rendição da Ucrânia e o reconhecimento das regões de Donetsk e Lugansk como uma república independente.
Em análise simples, a rendição significaria a dissolução das Forças Armadas da Ucrânia, o que colocaria o país de joelhos para sempre, em relação à Rússia. Quem implica diretamente em outra exigência importante, a de que a Ucrânia jamais ingresse na OTAN.
Já a separação das regiões de Donetsk e Lugansk, certamente a Ucrânia jamais aceitará.
Portanto, a situação permanecerá a mesma, até que a Rússia faça terra-arrasada de seu vizinho.