Diferente dos Estados Unidos e da Europa, as opiniões de Bolsonaro durante a coletiva de imprensa na noite de ontem não foram condenando à Rússia. O presidente disse que é um “exagero” chamar de massacre o que tem ocorrido na Europa e disse que o Brasil precisa “ter responsabilidade” em relação aos negócios com a Rússia, porque depende, por exemplo, da indústria de fertilizantes.
“Eu entendo que não há interesse por parte do líder russo de praticar um massacre. Ele está se empenhando em duas regiões do Sul da Ucrânia que, em referendo, mais de 90% da população quis se tornar independente, se aproximando da Rússia. Uma decisão minha pode trazer sérios prejuízos para o Brasil”, foi o que disse o presidente na entrevista de ontem.
Bolsonaro ainda criticou Volodymyr Zelensky
O chefe do Executivo brasileiro ainda ironizou o presidente da Ucrânia ao dizer que o povo ucraniano “confiou em um comediante”.
“O comediante que foi eleito presidente da Ucrânia, o povo confiou em um comediante para traçar o destino da nação. Eu vou esperar o relatório da ONU para emitir a minha opinião”, afirmou.
A RIA Novosti, uma das principais agências de notícias da Rússia, publicou nesta manhã a fala do presidente sobre Volodymyr Zelensky. A agência enfatizou que Bolsonaro defendeu a neutralidade em relação ao conflito e destacou a afirmação de que Bolsonaro não votará na resolução da ONU que condena Putin.
A Gazeta.Ru disse que “Bolsonaro não condena a Rússia por causa da Ucrânia” e o RT, ligado ao Kremlin, disse que “as autoridades brasileiras não apoiarão resoluções anti-russas na ONU”.
Assista ao vídeo:
Na tv estatal russa, Brasil é colocado ao lado de China e Síria como países que apoiam Moscou.
Canal “Rússia 1” destacou declarações do presidente @jairbolsonaro feitas no domingo (27). pic.twitter.com/HIJVsStMCs
— Metrópoles (@Metropoles) February 28, 2022
*Por DCM