No imaginário das pessoas, basta tomar a capital de um país que uma guerra acaba. Essa afirmativa pode ser real em alguns casos, mas, não no caso da Ucrânia e o mutivo é a posição geográfica.
Em posição estrategicamente desfavorável em relação à Rússia, mas, favorável em relação ao ocidente, Kiev se localiza muito próxima da fronteira com Belarus. A Rússia, por sua vez, cercou a Ucrânia nas fronteiras com seu país e, especialmente e com apoio de Belarus, na fronteira do vizinho com a Ucrânia.
A estratégia utilizada pelas forças de Putin possibilitou a rápida chegada à capital Kiev. A questão é que mesmo chegando bem próximo da capital ucraniana, a Rússia ainda não tomou nenhuma cidade definitivamente. Esse fato ocorre por que no meio urbano a guerrilha favorece a resistência ucraniana.
Ainda, vale lembrar que a tomada de Kiev representará apenas uma pequena parte do território ucraniano nas mãos da Rússia. Nesse sentido, na medida em que os membros da OTAN se mobilizam para o fornecimento de armas, a guerra vai se tornando mais difícil.
Paradoxalmente, quanto mais o tempo passa, mais difícil será chegar à fronteira da União Europeia, do outro lado da Ucrânia. Portanto, tudo indica que a guerra não terminará rápido, a menos que haja um acordo de paz.