Ucrânia paga caro por ter eleito um Bolsonaro piadista à presidência.

Só um sujeito muito ignorante, um verdadeiro idiota, menosprezaria um país como a Rússia e um estrategista hábil, como Putin, em um momento tão dramático da história quanto agora. Você sabe de quem estou falando? Sim, de Bolsonaro e Volodymyr Zelensky.

Ambos, o presidente brasileiro e o líder ucraniano tem em comum terem sido fruto de um golpe de Estado promovido pelos EUA, como forma de dominação da energia. O Brasil pelo petróleo e a Ucrânia pelos dutos de gás da Rússia.

Zelensky, uma espécie de Danilo Gentilli ucraniano, construiu sua imagem em programas de TV como uma espécie de Bolsonaro piadista. Ao chegar no poder, fechou o congresso e elegeu um novo, alegando não ter base parlamentar.

Uma vez no poder, Zelensky deveria ter zelado pelo bem-estar de seu povo e não o fez, preferiu se aproximar da OTAN, como forma de afirmar a soberania de seu país. Com uma Rússia que é alvo da OTAN, como vizinha e dependente econômica, a inabilidade política de um antipolítico e a arrogância de um fanfarrão, menosprezou ameaças, deu voz à um aliado distante e se alinhou com países que jamais entrariam numa guerra pela Ucrânia. O resultado está aí.

A burrice política flagrante no presidente ucraniano o fez acreditar que teria apoio bélico da OTAN, em outras palavras, dos EUA. Agora, se sente abandonado.

Outro erro de cálculo, foi achar que Putin partiria para uma guerra por procuração, que ocorreria entre a Ucrânia com os EUA versus separatistas de Donetsk e Luhansk com o Rússia. Nessa composição, Zelensky tinha alguma chance de se tornar herói, só que a Rússia não arriscaria uma guerra por procuração em seu quintal.

É. Parece que a Ucrânia tem mais a ver com o Brasil do que pensamos. Ambos pagam um preço altíssimo por ter eleito um idiota para o poder.